QUEM GANHA E QUEM PERDE COM A DISPARADA DO DÓLAR?

A moeda americana afeta sua vida muito mais do que você imagina.

Durante os últimos dias a alta do dólar afetou bastante o mercado financeiro, pois bateu recorde e chegou a R$ 5,32 (dólar comercial) no dia 3 de abril. A moeda, que começou o ano a R$ 4,0258, não para de subir. O principal motivo apontado pelos especialistas é o surto do novo coronavírus que assusta o mundo.

O fato é que a alta tem impactos na economia e na vida do cidadão comum. Alguns ganham, outros perdem, dependendo do papel que desempenham economicamente.

Mas para começar, quem ganha com o dólar em alta? As empresas exportadoras. O dólar é a moeda do país mais rico do mundo, por isso, rege a maioria das transações internacionais. Neste contexto, o Brasil é referência na venda de diversos produtos no mercado global como soja, petróleo, minério de ferro, açúcar e carne de aves.

Essas empresas que vendem para o exterior vão ganhar mais pela mesma quantidade de dólar. Sendo assim, elas podem agir de duas maneiras: tentar expandir o mercado dando descontos para os compradores estrangeiros ou simplesmente faturar mais em reais no Brasil.

Agora todo mundo que consome o que vem de fora, é prejudicado com a alta do dólar. Por exemplo, quem vai viajar para fora do país: a companhia aérea gasta cerca de 40% do custo operacional em petróleo, que é cotado em dólar. Neste caso, quanto mais alta a moeda, maior é o valor repassado ao consumidor.

Os produtos mais simples também sofrem ajustes com a alta do dólar. O pão francês é um exemplo, o trigo é cotado em dólar, sendo assim, se custar mais caro, é provável que o padeiro aumente o preço do pão. 

A alta pesa também no bolso de quem já viajou ou comprou algo em dólar no cartão de crédito. O lado positivo é que desde o dia 1º de março de 2020, uma nova regra do Banco Central entrou em vigor e a cotação do dólar na fatura passou a ser a do dia da compra. Contudo, o dólar já estava alto no início do mês.

O comerciante que traz produtos internacionais, da China ou dos Estados Unidos para revender no Brasil também é afetado com o preço alto da moeda. Em geral, ele tem duas opções, uma delas é repassar o preço ao cliente, correndo o risco de enfraquecer a clientela. A outra alternativa é lucrar menos.

O ministro da Economia Paulo Guedes considerou outros motivos para a alta além do novo coronavírus. Segundo ele, as críticas à postura do Banco Central também influenciam na alta. Além disso, a desaceleração da economia global pode ser um agravante. 

Mas em todos esses exemplos deve ser levado em consideração o tempo que o dólar esteve em alta. Porque se a moeda aumentou, mas voltou ao preço anterior rapidamente, não há motivo para o reajuste dos preços chegarem ao consumidor. Agora se a valorização dura muito tempo, ela atinge a inflação. O que acaba sendo negativo para todo mundo. 

É importante para o empresário se manter atento a principal moeda global e sua volatilidade, da mesma forma a empresa precisa acompanhar as percepções de seus clientes usando análise de métricas de NPS, CSAT, dentre outras e se ajustar ao momento do mercado. 

Para fazer essas análises, você pode usar a PliQ e iniciar a visualização dos dados para se adequar ao mercado.

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Fonte: http://pensefuturo.com.br/noticia/quem-ganha-e-quem-perde-com-a-disparada-do-dolar

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